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Mostrando postagens de outubro, 2012
Não vem me olhar agora como se me cobrasse - como se eu lhe devesse - um verso ou uma prosa. Não vem querer entender, procurar aqui qualquer poesia que, se nasceu, foi de um engano. Aquilo foi tudo mentira. Eu nunca tive quinze anos.
Será que a demanda das minhas indagações invalida algo ? A existência destas me deveria ser desconcertante ? Perguntas das perguntas colocam em dúvida a certeza de que perguntar é trivial. Se pudesse, pouparia-lhe de justificativas, sempre prolixas e digressivas; gostaria que já lhe fossem conhecidas. Posso não precisar explicar, posso saber por que as coisas não são mais como antes ? Você entenderia meu sentimento de perda quando insisto, mas continuamos inertes ? Caminha-se a esmo quando é desconhecido o destino final. Caminha-se a esmo quando trespassa-se o destino final ? Haveria um destino final ? Talvez você estivesse lá por um motivo especial. Talvez já não haja empatia, e mascaramos tal ausência com a desculpa de um silêncio demorado em distâncias estendidas. Mas, nós não estamos lutando sozinhos, estamos ? E estamos lutando por um objetivo em comum, não é ?